terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Força Area


A Força Aérea Portuguesa (FAP) é o ramo aéreo das Forças Armadas Portuguesas. As suas origens remontam a 1912, altura em que começaram a ser constituídas as aviações do Exército e da Marinha. Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.


Missão:
A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal


Unidades Iniciais da FAPEm 1952, quando a Força Aérea se tornou independente passou a ter a seu cargo todas as infra-estruturas aeronáuticas que eram pertença do Exército e da Marinha. As suas primeiras unidades foram:
Pertencentes à antiga Aeronáutica Militar:
Grupo Independente de Aviação de Caça, em Espinho, com duas esquadrilhas de aviões Hurricane. As suas infraestruturas foram transformadas no Aeródromo-Base Nº1 da FAP, sendo desactivadas em 1955; Base Aérea Nº1 em Sintra, vocacionada para a instrução; Base Aérea Nº2, na Ota, com uma Esquadrilha de transportes Junkers JU 52/3m e um Grupo de três esquadrilhas de caça, uma F-47 Thunderbolt e as outras duas com Spitfire; Base Aérea Nº3, em Tancos com a Esquadrilha de Reconhecimento e Cooperação equipada com aviões Lysander e um Grupo de esquadrilhas de caças Hurricane; Base Aérea Nº4, nas Lajes com missões de transporte, reconhecimento e busca e salvamento, equipada com os aviões B-17 e C-54 e com o primeiro helicóptero a operar em Portugal, o Sikorsky UH-19; Campo-Base de Lisboa, com aviões de transporte de vários tipos. Na FAP a partir de 1955 passou a chamar-se Aeródromo-Base Nº1, sendo em 1978 transformado em Aeródromo de Trânsito Nº1. Pertencentes às antigas Forças Aéreas da Armada:
Centro de Aviação Naval de S. Jacinto, perto de Aveiro, com aviões anti-submarino Curtiss Helldiver. Na FAP a unidade passou por várias designações, a mais longa das quais Base Aérea Nº7. Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral, descendente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso, em Belém, transferido para o Montijo nos anos 50. A unidade estava inicialmente equipada com aviões Consolidated Fleet, North-American T-6 e Grumman. Na Força Aérea passou a designar-se Base Aérea Nº 6.


Organização:
A Força Aérea Portuguesa está organizada em três níveis de decisão: estratégico, de programação e de execução.
O Nível de Decisão Estratégico compete ao Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, que exerce o comando da FAP, no que é apoiado pelo Estado-Maior da Força Aérea.
O Nível de Programação compete aos três comandos funcionais da FAP:
Comando Operacional da Força Aérea;
Comando de Pessoal da Força Aérea;
Comando Logístico-Administrativo da Força Aérea.
O Nível de Execução está atribuido às unidades e órgãos dependentes dos três comandos funcionais.


Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA)É o Comandante da Força Aérea, sendo o principal colaborador do Ministro da Defesa Nacional e do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas em tudo o que diz respeito à Força Aérea Portuguesa.


Estado-Maior da Força Aérea (EMFA)É o orgão de estudo e apoio à decisão do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e é dirigido por um Tenente-General que tem a designação de Vice-CEMFA. Tem sob o seu comando os seguintes orgãos:
Inspecção-Geral da Força Aérea; Instituto de Altos Estudos da Força Aérea; Academia da Força Aérea; Direcção de Informática; Museu do Ar; Arquivo Histórico da Força Aérea; Banda de Música da Força Aérea.



Comando Operacional da Força Aérea (COFA)O Comando Operacional da Força Aérea é dirigido por um Tenente-General e tem como missão o planeamento, direcção e controlo dos sistemas de armas e actividade de defesa aérea do território nacional. Compete ainda a este comando a segurança de todas as unidades e orgãos da Força Aérea.


Unidades e Zonas Aéreas Base Aérea das LajesO COFA engloba as seguintes unidades:
Bases Aéreas Principais: Base Aérea Nº 1, em Sintra, Base Aérea Nº 5, em Monte Real, Base Aérea Nº 6, no Montijo, Base Aérea Nº 11, em Beja; Bases Aéreas Avançadas: Aeródromo de Trânsito Nº 1, em Lisboa, Aeródromo de Manobra Nº 1, em Ovar, Base Aérea Nº 4, nas Lajes. Unidades de Vigilância e Detecção: Estação de Radar Nº1, em Foia, Estação de Radar Nº2, no Pilar, Estação de Radar Nº3, em Montejunto. Zonas Aéreas: Comando da Zona Aérea dos Açores, do qual depende a Base Aérea Nº 4, Comando da Zona Aérea da Madeira (ainda não activado).

Esquadras de VooAs aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos.
As esquadras recebem uma numeração de 3 algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
1 - instrução; 2 - caça; 3 - ataque; 4 - reconhecimento; 5 - transporte; 6 - patrulha marítima; 7 - busca e salvamento; 8 - especial. O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
0 - asa fixa; 1 - misto; 5 - asa móvel. Desta forma, destacam-se:
esquadras de instrução: Esquadras 101 "Os Roncos" e 103 "Caracóis" baseadas na BA11 em Beja; esquadras de caça: Esquadra 201 "Falcões" baseada na BA5 em Monte Real; esquadras de ataque: Esquadra 301 "Jaguares" baseada na BA5 em Monte Real; esquadras de reconhecimento: Esquadra 401 "Cientistas" baseada na BA1 em Sintra; esquadras de transporte: Esquadras 501 "Bisontes" e 504 "Linces" baseadas na BA6 no Montijo, Esquadra 502 "Elefantes" baseada na BA1 em Sintra e Esquadra 552 "Zangões" baseada na BA11 em Beja; esquadras de patrulha marítima: Esquadra 601 "Lobos" baseada na BA6; esquadras de busca e salvamento: Esquadra 711 "Albatrozes" baseada na BA4 e Esquadra 751 "Pumas" baseada na BA6; esquadras de função especial: Esquadra 802 "Águias" dependente da Academia da Força Aérea e baseada na BA1 em Sintra.
UPF – Unidade de Protecção da ForçaA Força Aérea Portuguesa constituiu no início dos anos 90 uma unidade dentro da Polícia Aérea, denominada “Equipa de Resgate de Combate” e conhecida pela sigla RESCOM, destinada a efectuar as chamadas missões de “CSAR” ou busca e salvamento em situação de combate. Os militares que integravam esta força, inicialmente todos do Quadro Permanente, treinavam não só os procedimentos próprios como contribuíam para o treino de todos os tripulantes de aeronaves da Força Aérea que devem estar preparados para, em caso de serem abatidos/caírem em território hostil, saberem como poderão ser resgatados por este tipo de equipas altamente especializadas.
Recentemente a Força Aérea Portuguesa, avaliando, além de outros aspectos, o seu efectivo empenhamento internacional, o tipo de missões e os locais em que as aeronaves nacionais têm sido empregues, decidiu reformular as missões das equipas RESCOM, entretanto desactivadas, criando a Unidade de Protecção da Força (UPF) da Polícia Aérea. Esta nova força, dependente do Tenente-General Comandante Operacional da Força Aérea, tem uma missão bem mais abrangente que o ex-RESCOM. De carácter expedicionário, tem como a missão primária garantir a protecção activa dos Destacamentos da Força Aérea Portuguesa nos diferentes Teatros de Operações. Militares desta força integraram o Destacamento da Força Aérea (C-130) no Chade, no âmbito da missão EUFOR - TCHAD/RCA, encontrando-se actualmente a cumprir missão no Afeganistão, no âmbito da ISAF. Está ainda preparada para executar outro tipo de missões de natureza reservada.
O Curso de qualificação RESCOM-CSAR é composto pela seguinte formação:
A. Formação Base.
Curso Sobrevivência; Curso Fuga Evasão; Curso de NBQ; Curso Tiro Prático. B. Qualificação RESCOM-CSAR.
Estágio de operações aéreas especiais, apoio a operações aéreas. C. Formação Complementar.
Curso infiltração e exfiltração Curso de Pára-quedismo militar Curso de Socorrismo Avançado Curso de Montanhismo Curso de Sniper Curso de Demolições
Comando de Pessoal da Força Aérea (CPESFA)É comandando por um Tenente-General que tem por missão administrar os recursos humanos da Força Aérea. Para atingir esse objectivo tem sob o seu comando os seguintes orgãos:
Direcção de Pessoal; Direcção de Instrução; Direcção de Saúde; Serviço de Justiça e Disciplina; Serviço de Acção Social; Serviço de Assistência Religiosa; Instituto de Saúde da Força Aérea; Hospital da Força Aérea; Centro de Medicina Aeronáutica; Centro de Psicologia da Força Aérea; Centro de Recrutamento e Mobilização; Base do Lumiar; Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea.
Comando Logístico e Administrativo da Força Aérea (CLAFA)É comandado pelo Tenente General José Maria Pessoa que tem por missão assegurar a administração dos recursos materiais e financeiros. Para atingir essa finalidade tem sob o seu comando os seguintes órgãos:
Direcção de Abastecimento Direcção de Electrónica Direcção de Finanças Direcção de Infraestruturas Direcção de Mecânica de Aeronáutica Repartição de Transportes Serviço Administrativo do CLAFA Repartição de Armamento Depósito Geral de Material da Força Aérea Grupo de Engenharia de Aeródromos da Força Aérea Centro de Manutenção Electrónica Dassault-Dornier Alpha-Jet da FAP, com pintura comemorativa dos 50 anos da Esquadra 103.

EquipamentoA Força Aérea Portuguesa é hoje, em termos internacionais uma força de média dimensão, com equipamento ao nível dos mais modernos do mundo. Contrariamente a outras forças aéreas, a FAP não atribui uma designação própria às suas aeronaves, adoptando normalmente a designação do fabricante ou fornecedor.
Actualmente, a FAP possui o seguinte material de voo:
Aeronaves de Luta aéreaLockheed Martin F-16 A/B MLU; Lockheed Martin F-16 A/B OCU.
Aeronaves de Luta Anti-SuperfícieDassault-Dornier Alpha-Jet; Lockheed P3 P Orion; Lockheed Martin F-16 A/B OCU
Aeronaves de ApoioCASA C-212-100 Aviocar; CASA C-212-300 Aviocar; Lockheed C-130 H/H-30 Hercules; Marcel-Dassault Falcon 50; Aerospatiale SE-3160 Alouette III; Agusta-Westland EH-101 Merlin.
Aeronaves de InstruçãoAérospatiale Epsilon-TB 30; CASA C-212-100 Aviocar; OGMA Chipmunk Mk 20 (modificado); Dassault-Dornier Alpha-Jet; Aerospatiale SE-3160 Alouette III; ASK-21; L-23 Super Blanik.







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